Carmen Miranda - Cantora e atriz
Por Dilva Frazão
Carmen Miranda (1909-1955) foi uma cantora, atriz e
dançarina luso-brasileira.
Ficou conhecida como a Pequena Notável.
Maria do Carmo Miranda da Cunha (1909-1955), conhecida como
Carmen Miranda, nasceu em Marco de Canaveses, no Distrito de Porto, Portugal,
no dia 9 de fevereiro de 1909. Filha do barbeiro José Maria Pinto Cunha e de
Maria Emília Miranda, em 1910, com apenas um ano de idade, junto com sua mãe e
sua irmã Olinda, veio para o Brasil, onde seu pai já morava.
Carmen foi criada no Rio de Janeiro, o bairro da Lapa.
Estudou em colégio de freiras e aos 15 anos largou os estudos e começou a
trabalhar na La Femme Chic, uma confecção de chapéus, localizada no centro do
Rio de Janeiro, onde estudou moda e aprendeu a costurar, pegando o gosto pelos
turbantes, que viraram sua marca registrada.
Sonhando em ser atriz e cantora, nas horas vagas, cantava e
dançava para animar pequenas festas. Em 1929, foi apresentada ao compositor
Josué de Barros que logo a levou para se apresentar em teatros e clubes. Gravou
seu primeiro disco com as músicas “Triste Jandaia” e “Iaiá, Ioiô”. Seu grande
sucesso veio com a marcha-canção "Pra Você Gostar de Mim" (1930), que
ficou conhecida por "Tai", escrita especialmente para ela, que foi
recorde de vendas.
No dia 30 de outubro do mesmo ano, Carmen Miranda já estava
fazendo sua primeira turnê internacional em Buenos Aires, na Argentina. Em
1933, foi a primeira mulher a assinar contrato com uma rádio. Entre 1933 e
1938, retornou à Argentina mais oito vezes. Carmen lançou outros discos e se
transformou na principal estrela do Cassino da Urca no Rio de Janeiro. As
apresentações no cassino funcionavam como passaporte para o ingresso no mundo
do cinema.
Em 1936, estreou no cinema na comédia musical “Alô, Alô
Carnaval”, quando cantou acompanhada da irmã Aurora Miranda. Em 1939, Carmen
brilhou na comédia-musical “Banana da Terra”, quando apareceu caracterizada de
vendedora de frutas da Bahia, personagem que ela incorporou até o fim de sua
vida. No musical, cantou a música “O Que é Que a Baiana Tem”, de Dorival
Caymmi, que virou clássicos na voz da cantora.
Ainda em 1939, em uma temporada no Cassino da Urca, Carmen
foi contratada pelo magnata do show business, Lee Shubert, para ser uma de suas
atrações no show “The Streets os Paris”, que estrearia na Broadway. O sucesso
das apresentações projetou Carmen nos Estados Unidos. No ano seguinte, a
cantora apresentou-se na Casa Branca em uma festa para o presidente Roosevelt,
pelo seu sétimo ano na presidência dos Estados Unidos.
A pequena Notável, com seus 1,52 m de altura, se tornou uma espécie de símbolo da América
Latina, com seus turbantes, brincos de argolas, babados, saltos plataformas e
balangandãs. Em 1940 estreia nos Estados Unidos com o filme “Serenata
Tropical”. No dia 24 de março de 1941, foi a primeira sul-americana a receber
uma estrela na Calçada da fama em Hollywood. Carmen Miranda fez um total de 14
filmes nos Estados Unidos e seis filmes no Brasil.
Carmen Miranda casou-se, em 1947, com o americano David
Sebastian, que passou de empregado a empresário. Sendo alcoólatra, ele levou
Carmen a beber também e não conseguiu administrar seus contratos. O casamento
entrou em crise e Carmen caiu em depressão, se tornando dependente de remédios.
Depois de 15 anos nos Estados Unidos, consagrada
internacionalmente, viaja de volta ao Brasil, em 1954, para rever a família.
Sofrendo, ficou internada durante 4 meses para desintoxicação. Depois, já
recuperada, volta para Hollywood e apresenta-se no programa do comediante Jimmy
Durante. Enquanto cantava e dançava, desmaiou e foi amparada. Recuperada,
terminou sua apresentação. De volta para casa em Los Angeles, foi para seu
quarto e na manhã do dia seguinte foi encontrada morta vitimada por um ataque
cardíaco.
Carmen Miranda faleceu em Beverly Hills, Califórnia, Estados
Unidos, no dia 5 de agosto de 1955.
Texto reproduzido do site: ebiografia.com
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